CIDADANIA EM AÇÃO
Maria
dos Anjos Teodoro Santos – Coordenadora de Cidadania e Desenvolvimento
No dia 21 de março de 2019, Dia Internacional da Floresta, em
parceria com a DGE, a AFLOSOR e o ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e
das Florestas), decorreu, na Escola
Secundária de Ponte de Sor, uma Ação de Sensibilização/Debate cujo foco
temático foi “Florestas e Educação”,
sob o lema “Aprende a Amar a Floresta!”.
Esta Ação teve como objetivos implementar a Estratégia de Educação para a Cidadania do AEPS e sensibilizar os
alunos e as alunas para a importância dos ecossistemas florestais, quer ao
nível do equilíbrio ambiental e ecológico, quer da própria qualidade de vida
dos cidadãos e das cidadãs. A dinamização foi feita pela Engª Sónia Martins – Associação Aflosor- e pelo Engº Agostinho Tomás – ICNF- e teve
como destinatários os Alunos do 10º B
e a Associação de Estudantes.
A verdade é que os jovens são
o futuro da floresta. São eles que podem inverter as tendências negativas que
hoje se registam. Por este motivo, pretendeu-se, com esta acção, dar os
primeiros passos para formar uma geração pró floresta, em defesa desta causa. Assim,
foi apresentado o movimento ECONTIGO,
ECOMTODOS, uma marca agregadora de todas as ações e da comunicação
direcionada às questões florestais, da valorização à sensibilização, incluindo a
promoção ativa das saídas profissionais nesta área, onde são retratadas as
quatro funções fundamentais da floresta, por meio de quatro protagonistas que
personificam o espírito de quatro animais, cada um representativo pelas suas
características e personalidade das quatro funções da floresta e com um valor
associado:
·
Produção de Bens e Serviços - MOCHO/Sabedoria;
·
Serviços de Ecossistemas e Proteção - CABRA IBÉRICA/Determinação;
·
Conservação da Natureza - LINCE/Garra;
·
Recreio/Paisagem - ÁGUIA/Confiança.
Para concluir da melhor
maneira esta Ação de Sensibilização, os Alunos do 10ºB e a Associação de Estudantes
plantaram, no espaço exterior da escola, três Sobreiros e um Pinheiro Manso.
Porquê
Sobreiros?
· A importância do sobreiro em Portugal é
reconhecida desde o século XIII, altura em que surgiram as primeiras leis de
proteção da espécie.
• No final de 2011, o sobreiro
foi consagrado, por unanimidade da Assembleia da República, a Árvore Nacional
de Portugal. Esta classificação está diretamente relacionada com a grande
importância económica, social e ambiental que representa para o país. Cerca de
23% da área florestal portuguesa é constituída por sobreiros, que suportam a
principal indústria do país, além de darem um contributo fundamental contra a
desertificação social e de contribuírem sem paralelo para a preservação da
biodiversidade associada ao montado de sobro.
• 7 em cada 10 garrafas de
vinho usam a rolha de cortiça.
• A cortiça é usada nas
viagens espaciais efetuadas pela NASA e pela Agência Espacial Europeia.
• Portugal produz mais de
metade do total mundial de produção de cortiça, detendo as principais empresas
transformadoras.
· Em Portugal o abate de sobreiros é proibido
por lei e cada sobreiro é identificado individualmente, de maneira a assegurar
a sua absoluta rastreabilidade.
Porquê
Pinheiro Manso?
• As Naus que dobraram o Cabo
da Boa Esperança foram construídas com pinheiros-mansos. Trata-se de uma
madeira muito resinosa e flexível, muito resistente à água e, por conseguinte,
não é de surpreender que fosse a madeira escolhida para o tabuado de costados e
fundos destas naus.
• Anualmente, Portugal produz
70 mil toneladas de pinha. A produção de pinhões constitui, nalgumas zonas, um
importante fator de rendimento económico. O pinhão é um produto muito
interessante do ponto de vista da nutrição, sendo muito rico em ácidos gordos
de elevada qualidade para a saúde humana, como são os ácidos linoleico e
linolénico, possuindo também teores elevados de proteína, fibras e de minerais
como o Magnésio, Cálcio e Fósforo. A sua importância não se restringe apenas à
alimentação já que a casca da semente, bem como as escamas das pinhas, são
posteriormente aproveitadas para a produção de combustível de caldeiras ou para
a produção de biomassa.
• A casca do pinheiro manso
foi explorada durante muitos anos para a extração de taninos utilizados na
indústria de couros. Tem uma importante utilização na proteção de solos
arenosos como seja na fixação de dunas.
A Associação de Estudantes foi nomeada Guardiã destas árvores, pelo que, com empenho, zelo e carinho,
terão de cuidar destes seus “filhotes” para que cresçam saudáveis e se tornem
árvores majestosas.
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