quinta-feira, 25 de abril de 2019

Cidadania em ação







CIDADANIA EM AÇÃO
Maria dos Anjos Teodoro Santos – Coordenadora de Cidadania e Desenvolvimento

No dia 21 de março de 2019, Dia Internacional da Floresta, em parceria com a DGE, a AFLOSOR e o ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas), decorreu, na Escola Secundária de Ponte de Sor, uma Ação de Sensibilização/Debate cujo foco temático foi “Florestas e Educação”, sob o lema “Aprende a Amar a Floresta!”. Esta Ação teve como objetivos implementar a Estratégia de Educação para a Cidadania do AEPS e sensibilizar os alunos e as alunas para a importância dos ecossistemas florestais, quer ao nível do equilíbrio ambiental e ecológico, quer da própria qualidade de vida dos cidadãos e das cidadãs. A dinamização foi feita pela Engª Sónia Martins – Associação Aflosor- e pelo Engº Agostinho Tomás – ICNF- e teve como destinatários os Alunos do 10º B e a Associação de Estudantes.
A verdade é que os jovens são o futuro da floresta. São eles que podem inverter as tendências negativas que hoje se registam. Por este motivo, pretendeu-se, com esta acção, dar os primeiros passos para formar uma geração pró floresta, em defesa desta causa. Assim, foi apresentado o movimento ECONTIGO, ECOMTODOS, uma marca agregadora de todas as ações e da comunicação direcionada às questões florestais, da valorização à sensibilização, incluindo a promoção ativa das saídas profissionais nesta área, onde são retratadas as quatro funções fundamentais da floresta, por meio de quatro protagonistas que personificam o espírito de quatro animais, cada um representativo pelas suas características e personalidade das quatro funções da floresta e com um valor associado:
·         Produção de Bens e Serviços - MOCHO/Sabedoria;
·         Serviços de Ecossistemas e Proteção - CABRA IBÉRICA/Determinação;
·         Conservação da Natureza - LINCE/Garra;
·         Recreio/Paisagem - ÁGUIA/Confiança.
Para concluir da melhor maneira esta Ação de Sensibilização, os Alunos do 10ºB e a Associação de Estudantes plantaram, no espaço exterior da escola, três Sobreiros e um Pinheiro Manso.
Porquê Sobreiros?
·  A importância do sobreiro em Portugal é reconhecida desde o século XIII, altura em que surgiram as primeiras leis de proteção da espécie.
• No final de 2011, o sobreiro foi consagrado, por unanimidade da Assembleia da República, a Árvore Nacional de Portugal. Esta classificação está diretamente relacionada com a grande importância económica, social e ambiental que representa para o país. Cerca de 23% da área florestal portuguesa é constituída por sobreiros, que suportam a principal indústria do país, além de darem um contributo fundamental contra a desertificação social e de contribuírem sem paralelo para a preservação da biodiversidade associada ao montado de sobro.
• 7 em cada 10 garrafas de vinho usam a rolha de cortiça.
• A cortiça é usada nas viagens espaciais efetuadas pela NASA e pela Agência Espacial Europeia.
• Portugal produz mais de metade do total mundial de produção de cortiça, detendo as principais empresas transformadoras.
·  Em Portugal o abate de sobreiros é proibido por lei e cada sobreiro é identificado individualmente, de maneira a assegurar a sua absoluta rastreabilidade.
Porquê Pinheiro Manso?
• As Naus que dobraram o Cabo da Boa Esperança foram construídas com pinheiros-mansos. Trata-se de uma madeira muito resinosa e flexível, muito resistente à água e, por conseguinte, não é de surpreender que fosse a madeira escolhida para o tabuado de costados e fundos destas naus.
• Anualmente, Portugal produz 70 mil toneladas de pinha. A produção de pinhões constitui, nalgumas zonas, um importante fator de rendimento económico. O pinhão é um produto muito interessante do ponto de vista da nutrição, sendo muito rico em ácidos gordos de elevada qualidade para a saúde humana, como são os ácidos linoleico e linolénico, possuindo também teores elevados de proteína, fibras e de minerais como o Magnésio, Cálcio e Fósforo. A sua importância não se restringe apenas à alimentação já que a casca da semente, bem como as escamas das pinhas, são posteriormente aproveitadas para a produção de combustível de caldeiras ou para a produção de biomassa.
• A casca do pinheiro manso foi explorada durante muitos anos para a extração de taninos utilizados na indústria de couros. Tem uma importante utilização na proteção de solos arenosos como seja na fixação de dunas.
A Associação de Estudantes foi nomeada Guardiã destas árvores, pelo que, com empenho, zelo e carinho, terão de cuidar destes seus “filhotes” para que cresçam saudáveis e se tornem árvores majestosas.








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