lá na escuridão que o pensamento comanda
O meu carcereiro de mão dada comigo anda
pelos estreitos labirintos do inferno que não têm fim
Sinto-me quente vestida da minha dor,
rasgada, tocada, trocada pela cova
A mesma vida velha não vai para nova
e ser não só cansa como tresanda
Sinto-me desmembrada, deslocada, descontente
Verdade sei que não se pode ter o que nunca se quis
O meu fado já aceitou que não posso ser feliz,
e eu continuo a cair no grito da minha mente
Sinto-me fraca, tentando escapar à espiral
que agarra lentamente o meu tempo
Quero fugir de mim, fugir do vento
Porque me atormentas/atormento?
Sou o meu final
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